Le: Alô?
XX: Alô, é a Leticia?
Le: Sim sou eu, quem é você? O que está fazendo com o celular da minha mãe?
XX: A dona Angelina é sua mãe?
Le: Sim, porque? Cadê ela? Quem é você?
XX: Eu sou a Marina ...
Le: -interrompi ela- Que Marina? Cadê minha mãe?
Marina: Sou médica, é que o avião que ela e o Paulo estava caiu, ai eu encontrei seu numero ...
Le: -interrompi de novo- Que? Que avião? Cadê eles? Deixa eu falar com eles
Marina: Bom eu tentei fazer de tudo ... Mais eles não resistiram
Le: -comecei a chorar- Você está brincando né? Deixa eu falar com a minha mãe agora
Marina: Moça me desculpa, mais eu não estou mentindo, sinto muito.
Eu não estava acreditando no que acabei de ouvir, não pode ser, meus pais não morreram, essa mulher é uma louca, isso não podia estar acontecendo, não comigo. Joguei o celular e desci chamando a Dalva.
Le: Dalva Dalva -gritando e chorando-
Dalva: Oi meu amor, o que foi? -sem entender nada-
Le: Dalvinha -abracei ela chorando, eu não estava acreditando, eu ainda achava que era um trote-
Dalva: O que aconteceu Le?
Le: Uma mulher me ligou .. do celular da minha mãe ... dizendo que o avião que ela e meu pai estavam caiu ... e eles morreram Dalva -disse soluçando-
Dalva: Como assim? Eles estavam vindo pra cá? -ela ficou nervosa-
Le: Não sei, não pode ser verdade não pode -abracei ela de novo-
Dalva: Calma, senta ai
Ela foi pra cozinha e eu fiquei chorando no sofá, eu sabia que podia ser só um trote, mais nessa noite eu havia sonhado com meus pais mortos, sonhei que eles estavam viajando e morreram, eu não posso imaginar como seria minha vida sem eles ... A Dalva voltou com um copo de água, me deu e eu tomei, ela disse que a Carol tava vindo, logo ela chegou correndo.
Carol: Amiga -correu e me abraçou- Calma, calma.
Le: Como posso ficar calma Carol, eu não posso perder meus pais não posso
Carol: Cadê seu celular? Vou ligar lá pra ver se é verdade
Ela pegou meu celular e ligou, a mulher confirmou tudo e disse que os corpos chegavam ainda hoje em Santos, Carol pegou o endereço e assim que chegasse eles ligavam pra ir fazer o reconhecimento dos corpos, ela desligou, ligou pro Neymar e veio ficar comigo.
Le: É mentira né? Diz que é mentira por favor
Carol: Amiga infelizmente não é ...
Le: Não pode ser ... É mentira isso, EU NÃO ACEITO, meu pais não ... -chorando-
Carol: Le, você tem que ser forte, eu to com você, o Neymar ta chegando ...
Le: Mais e meus pais? Os pais de vocês tão bem, tão aqui, os meus tão mortos Carol, MORTOS. Eu não quero mais viver, eu quero minha mãe, meu pai aqui
Subi pro meu quarto, fechei a porta, a Carol ficou me chamando mais acho que ela achou melhor me deixar sozinha. Deitei na minha cama e chorei, mais eu chorei muito. Eu preferia morrer do que perder eles. E porque os dois de uma só vez? Eles eram o bem mais precioso que eu tenho, sem eles eu não sei viver, sem os conselhos da minha mãe, os abraços do meu pai. Porque comigo Deus? Porque? Meu rosto já estava todo inchado de chorar, eu só perguntava o porque de "eu" estar passando por isso? O que eu fiz pra acontecer isso com eles? Minha vida vai ser uma merda, eu estava com raiva do mundo, porque as pessoas tem que morrer? Porque ninguém é eterno? Chorei muito, peguei meu mac e fiquei vendo minhas fotos com eles, eu estava com tantas saudades, a gente ia se reencontrar, eles iam conhecer o Neymar, porque aconteceu isso logo agora? Alguém bateu na porta e eu mandei entrar, era a Rafa.
-NEYMAR ON-
Meu celular tinha várias ligações perdidas da dona Angelina, eu achei estranho pois eles só chegariam a tarde, uns minutos depois a Le me liga, atendi e era a Carol.
Carol: Junior ...
Ney: Cá? Tudo bem?
Carol: Não ... Vem pra cá
Ney: O que aconteceu? Se ta chorando? Cadê a Le?
Carol: Ela ta aqui, vem pra cá Neymar
Ney: Fala o que aconteceu?
Carol: Os tios ... Os pais da Le, o avião que eles estavam caiu ...
Ney: -interrompi a Carol- O que? Caiu? Eles estão bem?
Carol: Eles não sobreviveram Junior
Ney: Para Carol, se ta brincando né?
Carol: Eu não ia brincar com isso, vem pra cá agora a Le ta precisando de você
Ney: To indo
-fim da ligação-
Nem esperei ela responder, não estava acreditando naquilo, meu Deus porque isso foi acontecer? Porque agora? Estava tudo tão bem, eles iam fazer uma surpresa ... Puts a surpresa, a Le vai ficar arrasada com isso. Eu ia conhecer eles, pareciam tão felizes, tão legais. Fiquei pensando em tudo, em como ia ser daqui pra frente, chorei pra caramba, afinal eles eram meus "sogros", e agora estavam mortos. Tomei um banho muito rápido, e desci, estavam todos na cozinha tomando café, eu nem olhei e quando ia saindo minha mãe me chama.
Nadine: Filho? Vai sair agora sem tomar café?
Rafa: Qual é Juninho? Ta chorando?
Sr Neymar: O que aconteceu?
Ney: -voltei até a cozinha- É, os pais da Le ...
Rafa: O que houve?
Ney: Eles estavam vindo pra cá, pra fazer uma surpresa pra ela ... o avião caiu e eles morreram.
Sr Neymar: vai ver ela filho?
Ney: na verdade vou correr p lá pai, ela tá precisando de min.
Rafa; vai sim preto.
Terminei de tomar café antes que a Dona Nadine reclamasse. Comi, e fui correndo pra casa da Le. Só eu sabia o quanto ela precisava de min. Chegando lá a Carol e a Dalva estavam na sala, tentando convencer-la de sair do quarto, pedi para que a Carol fosse p casa, que eu daria um jeito na situação, ela foi, pedi para que ela se acalmasse, todos estando nervosos ninguém iria conseguir nada. Bati na porta e a dona Leticia não queria atender. Cara eu sabia que era uma perda muito grande para ela, mas eu estava ali para ajudar. Permaneci, e mandei q ela saísse. Ela saiu chorando, os olhinhos dela estavam vermelhos. E eu me sentia culpado, sim culpado! Porque eu sabia que os pais dela viriam, e não disse nada. Sim eu me sentia muito culpado. Ela abriu a porta, e eu a abracei fortemente. Mas não iria conseguir consolar ela. Ficamos minutos abraçados eu sentia ela chorando nos meus braços. Ela me soltou logo depois e eu liguei para meu pai, para irmos cuidar dos assuntos do velorio, a Le já tinha me dado permissão, e eu liguei pro meu pai para irmos.
POV NEYMAR OF
Ney: Ok pai, tá bom, então cuidamos disso mas tarde, mas pai, ok, to esperando, tá bom. -desligou, me abraçou, e sentou num sofá que tinha afrente-
Le: tu vai lá com teu pai?
Ney: na verdade nós temos que ir, temos que ir reconhecer os corpos.
Le: ah não mô.
Ney: eu sei, é doloroso, mas tu tem que ir.
Le: cê vai cmg?
Ney: eu vou, eu to contigo nessa, meu pai vai passar aí, eu vou com você, e depois vou com ele resolver as coisas necessárias.
Le: ok, então vou me arrumar.
Ney: vai, na volta preciso te dizer uma coisa...
Le: tá bom Ju.
Fui lá, tomei um banho rápido, me vesti, e sequei o cabelo, fui p sala, e fiquei com o Ju, ele tava super calado, e tinha mesmo algo para me dizer :3
Le: Então fala..
Ney: eu to me sentindo culpado por tudo que tá aconteceu com teus pais.
Le: -sentei perto dele- Porque meu amor? -passei a mão no rosto dele, e o olhei-
Ney: Porque eu sabia que eles viriam.
Le: -levantei- Porra e você não me disse nada?
Ney: tua mãe pediu surpresa, se eu soubesse que isso iria acontecer eu jamais teria escondido de ti.
Le: -sentei novamente ao lado dele- Por mais que eu esteja sofrendo por isso -lagrimas caíram, pausei- Você não tem culpa nenhuma.
Ney: tenho claro que tenho.
Le: não, não tem Ju. Você tá certo, você realmente não sabia o que iria acontecer, então relaxa.
Ney: não vai ficar com raiva
Le: -o interrompi- Não, não vou ficar, relaxa. -A companhia tocou, a Dalva atendeu, era o Tio Neymar, levantamos e fomos com ele. A Parte mais dolorosa iria chegar, que era reconhecer os corpos, em momento nenhum o Ju me deixou sozinha, ainda bem eu tinha ele ali para em apoiar, e estar comigo. Chegamos lá e eu tive que entrar sozinha, foi muito dificil, eu não queria ir mas não tinha opção, entrei e tinha duas macas, eles estavam todos cobertos a enfermeira tirou o pano do rosto deles e estavam muito deformados, dava pra reconhecer que eram eles, mais estavam muito estranhos eu apenas assenti pra moça que eram sim eles e sai dali aos prantos, encontrei o Junior e o Sr Neymar na salinha de espera, abracei o Junior e fomos pro carro, o tio tava dirigindo, ele deu partida e fomos em direção á funerária, chegamos eles desceram e eu fiquei esperando eles, no carro, e eles foram lá na funerária, enfim, eu não sabia de nada porque quem resolveram tudo realmente foram eles. Eu não tava em plena condição nenhuma de fazer isso. O Ju volta, e o tio Neymar volta a dirigir. Abraço o Ju, e fomos, conversando.
Le: mô, cê tem treino hoje? :s
Ney: Não... Mas eu tenho jogo, e preciso me concentrar.
Le: ah eu não acredito :(
Ney: Já conversei com o professor (Muricy) e ele entendeu, então, depois do velório, eu não vou poder mais ficar, vou ter que ir pra lá.
Le: tudo bem. -fomos abraçados o caminho todo e dai em silêncio, fomos p casa do Neymar, almoçamos lá, cumprimentei a tia Nadine, e a Rafa, e lá elas me deram um abraço forte e me confortaram com algumas palavras. Não consegui almoçar, eu não conseguia fazer nada naquele momento, quem se preocupava mesmo era o Ju :( mas tudo bem. Depois de lá, ficamos abraçados na sala, esperando dar a hora de nos arrumarmos para o velório, que eram 15:30. O pessoal todo ficavam conversando, eu ficava apenas em silencio e abraçada no Ju, ele era meu unico consolo naquele momento, aquele abraço dele, era o que realmente me confortava, que me protegia. Deu 15h e eu fui me arrumar, peguei uma roupa que tinha minha lá, tomei banho, e só coloquei a roupa. Sai do banheiro, e fiquei esperando o Ju se arrumar. Fiquei no wpp, e avisei ao Eric. Ele disse que iria comparecer lá. Realmente alguns parentes e conhecidos iriam aparecer lá, porque a noticia do acidente se espalhou. O Ju saiu, todo mundo estava pronto na sala, fomos. O Tio Neymar deu partida, e fomos. Eu vi meus pais pela ultima vez. A ultima vez que pude me despedir deles, eu chorava muito, e tinha o Ju do meu lado. Chegavam parentes, e conhecidos, e eu os recebia, eles também estavam ali para ver/despedir pela ultima vez dos meus pais.O Eric chegou, e me abraçou forte, ele era um grande amigo, eu agradeci por ele estar ali comigo. Enfim, eles levaram o caixão, eu estava chorando muito, o Ju não queria deixar eu ir, mas eu fui. E joguei um boque de rosas pros dois, era minha unica chance de me despedir deles. Eu sai logo dali não iria aguentar ver mais coisas. Voltamos com o tio Neymar, e fomos p casa do Ju. Chegando lá ele tinha que ir pra concentração, ele ficou comigo demais. Eu dei um abraço bem apertado nele, ficamos demorando como sempre, ele se despediu dos pais dele, e ele foi, quando nós estávamos abraçados eu disse no ouvido dele "vai e se cuida, eu não quero te perder também, de algo valioso na minha vida agora só tenho você". Fiquei com os tios, e combinei com o Neymar de ir no jogo ver-lo jogar.
POV NEYMAR ON
Eu não queria, mas tinha que ir a concentra. Não queria deixar a Letícia. Caralho estava apegado demais a ela, mas não me arrependia em momento algum. Ela já tinha se tornado uma parte de min. Quando ela me disse "vai e se cuida, eu não quero te perder também, de algo valioso na minha vida, agora só tenho você" eu não demonstrei, mas quando sai chorei um pouco com aquilo. Fiz questão que ela fosse ao jogo, porque queria homenagear minha pequena, fiz questão que ela fosse porque nesse dia triste, eu queria dar um pouco de alegria a ela.
POV NEYMAR OF.
Já eram 17:50 e eu fui me arrumar, tomei um banho demorado, e sai, me vesti, sequei o cabelo. Me arrumei rapidinho. Fiquei esperando os tios, e a Rafa. Eles queriam que eu comesse algo, mas realmente não dava. Descemos, tio Neymar deu partida, e fomos. Ficamos num dos camarotes lá, olhando tudo. O jogo começou cheio de faltas em cima do Ju, e como sempre eu não aguentava ver aqueles fdps batendo nele. Então, ele foi pra cima, e fez um gol. Fiquei um pouco surpresa porque a comemoração dele foi um "L" sim um "L" ele fazia o "L" e junto com os meninos do lado, ele dizia "te amo" e fazia um coração. A Rafa me abraçou na hora e me disse "sim, cunha, sim um "L" de Leticia" nossa, foi um gol pra min cara, eu fiquei feliz na hora meu namorado foi lá fazer o que ele faz de melhor só para me dar uma simples alegria no meu dia. Aí como eu amava demais aquele mlki. O primeiro tempo tinha acabado e com ele uma homenagem pra min, fiquei muito feliz com o que o Ju tinha feito. No segundo tempo ele fez mas um gol, e foi pro Davi, <3 Logo depois um Gol do André, e uma dancinha deles, a noite era maravilhosa, só havia sorrisos no lugar dos choros, aquele Juninho sabia mesmo me dar alegrias, também raivas, e choros. Passou um filme na minha cabeça de tudo que nós vivemos juntos, e foi muito bom encontrar ele. Antes do finalzinho do jogo a Carol chegou com o Davizinho, e nós descemos depois. O vestiario parou, e quando eu o vi, eu corri e o abracei. Ele merecia muito mais que um abraço, ou um beijo, ele merecia todo amor do mundo pelo ato nobre dele. Ficamos abraçados, e depois demos um beijo não muito demorado, ele ficou com o Davi no colo, eu cumprimentei todo mundo lá, e o Murici me perguntou se eu tava feliz, eu disse que sim, porque foi o Juninho que me proporcionou isso, num dia tão triste. Saímos de lá, eu fiquei esperando ele, ficamos conversando um pouco, ele com os pais dele. E depois decidiram que ele ia comigo p casa. Eles foram, e depois fomos eu, Davi, ele, e Carol. Davi foi dormindo no colo do Ju <3 ele passou na casa da Carol e deixou ele lá, deu um beijinho nele, se despediu da Carol, e veio, fiquei esperando ele na porta. Encontrei a Dalva no velório e lá tinha dado folga a ela. Entrei, puxando a mão dele. Quando chegamos no quarto ficamos conversando.
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Le: Eu amei o gol que o senhorito fez.
Ju: eu sabia que isso ia te encher de alegria pelo menos um pouco.
Le: ah claro. -sorri- obrigada, só com você eu vivo esses momentos incriveis.
Ju: eu tinha q te fazer bem de alguma forma.
Le: Neymar Junior veio a terra para nos encher de alegria e nos fazer sorrir.
Ju: Ah sim, deixe de onda -sorriu- te amo, e ainda me sinto culpado pela morte dos teus pais.
Le: jura que você quer falar disso? Eu to tão bem Ju, poxa.
Ju: mas é a real Lê.
Le: vai me deixar porque tá se sentindo culpado também?
Ju: Jamais. Sabe a primeira indireta no insta?
Le: que você ia cuidar de min?
Ju: é!
Le: hã, que que tem?
Ju: então, essa "culpa" só me trás uma vontade maior de cuidar de você.
Le: mas eu já disse que não é pra você se sentir assim.
Ju: Quero cuidar de você.
Le: agora?
Ju: pra sempre, você é um vicio pra min Letícia! -me deu um beijo, e me abraçou muito forte, dormimos abraçados, e dormi segura abraçada nele-
Diga Ana.
Bom galera aqui é a Ana, e eu quero agradecer por tudo, esse tempo que eu escrevi aqui eu me diverti pra caramba, foi incrível fazer parte dessa fic. Quero dizer que vou sentir muita falta da Le*-* De saber que vocês estão gostando ... Mesmo não tendo tantos comentários, a gente sabia pelo tanto de visualizações que tinha. Obrigada por tudo, vou sentir falta disso aqui. Não desanime pois temos outra fic, é só acompanhar lá com a gente, valeu pipous, beijos da Ana<3
Diga Thay
Chegou ao fim né? Rs, como tudo tem um fim em nossas vidas, enfim. Gostaria de agradecer por tudo a vocês, o tempo que eu passei aqui escrevendo foi maravilhoso, espero vir com novas ideias, e novos desafios rs. Quem sabe farei outras fics com a Ana Luiza, q eh uma pessoa que escreve bem p caramba. Enfim eh isso obrigada por tudo, a experiência q tive com essa fic foi incrível.